Sobre uma exclusão mascarada
A fuga ao sedentarismo, à vida morna do dia a dia, ao isolamento social imposto pela correria diária entre compromissos familiares e profissionais, empurra-nos para o sonho, para a busca constante da "ideia-projecto". A ideia, ilusão de projectos futuros, que nos arranca desta limitação economicista de dedicação quase exclusiva à vida profissional. A necessidade de produzir, que uma vez imposta é total (no sentido em que não nos permite mais),tem o efeito exactamente contrario, pois retira-nos a visão do global, do social e das reais necessidades, nossas e do outro.
Somos seres economica e profissionalmente inseridos, no sentido em que nos adaptámos ao sistema e correspondemos correctamente às expectativas socialmente aceitáveis, mas na verdade, somos os verdadeiros excluídos da relação, da aprendizagem e da possibilidade de evolução. Esqueceram-se de nos dar tempo! A vida de 40 horas semanais (na melhor das hipóteses) dedicada à profissão, à produtividade, empurra-nos para uma exclusão mascarada....e, é então que surge a ideia, com um projecto quase sempre espectacular e inovador. A panaceia para todos os males (os nossos, claro!). Ficamos alienados com a hipótese de fuga até que algo nos puxa discretamente para chão firme e as forças vão-se.
Afinal, a ideia até não era assim tão boa, tantos riscos... não há tempo para a estudar e tudo recomeça, voltamos ao dia a dia que nos enfada até que chegue uma nova ideia...
Somos seres economica e profissionalmente inseridos, no sentido em que nos adaptámos ao sistema e correspondemos correctamente às expectativas socialmente aceitáveis, mas na verdade, somos os verdadeiros excluídos da relação, da aprendizagem e da possibilidade de evolução. Esqueceram-se de nos dar tempo! A vida de 40 horas semanais (na melhor das hipóteses) dedicada à profissão, à produtividade, empurra-nos para uma exclusão mascarada....e, é então que surge a ideia, com um projecto quase sempre espectacular e inovador. A panaceia para todos os males (os nossos, claro!). Ficamos alienados com a hipótese de fuga até que algo nos puxa discretamente para chão firme e as forças vão-se.
Afinal, a ideia até não era assim tão boa, tantos riscos... não há tempo para a estudar e tudo recomeça, voltamos ao dia a dia que nos enfada até que chegue uma nova ideia...
3 Comments:
Não deixes de escrever nunca, pois tens um dom fantástico de te expressar. És linda! Sim e eu não tenho a minima saúde mental se é o que queres saber!
Estás a um passo de deixar de ser louca...não deixes escapar esta oportunidade que a vida te oferece!
beijos
Feliz Natal miúda.
Beijos
Enviar um comentário
<< Home